O sal do mar, que me enterra os pés
também corroe minha memória
bem ou mal, deixa guardada
só a mais forte lembrança
assim vou deixar por mim fluir a vida,
viver sempre do bom e do novo
e por hábito, esquecer todo o hábito.
Figurinha repetida, não cola mais no álbum
mas a essência, por mim não passará
com a mão direita, vou segurar, forte
e o mais forte vou prender
preencher assim o hiato, o vazio
vou viajar e longe do sal, e do mar
minha alma não enferrujará
sei que não morrerei, sem provar
o doce sal da vida
05/08/2010